quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Preces

Sabe, Deus, eu nunca fui muito de rezar (acredito que o Senhor saiba disso tão bem quanto eu). Não é nem que eu não acredite que Você exista. Na verdade, acho que essa nunca foi a questão. Eu sempre acreditei em uma entidade superior, seja ela chamada de Deus, Yahweh, Allah ou Brâman. O problema é que nunca me senti muito ligada à religião que me apresentaram desde pequena. Não sei, mas ir à missa aos domingos nunca me fez sentir em comunhão com Você. Pra ser sincera, eu ia à missa mais por obrigação do que por uma verdadeira experiência espiritual. E aí, ao invés de buscar uma religião que me colocasse em sintonia com Você ou quem sabe eliminar a religião como intermediária e Lhe contatar por conta própria, eu simplesmente desisti de rezar.

O problema é que agora eu estou passando por maus bocados. Eu sei que o Senhor deve ouvir milhares de pedidos desesperados por dia, vindos em grande parte de pessoas como eu, que só Lhe procuram em situações difíceis e Lhe esquecem quando tudo na vida corre bem. Peço desculpas por ser mais um desses indivíduos. Honestamente, preferia que tivéssemos nos encontrado em outra ocasião...

Mas já que aqui estamos, gostaria de Lhe pedir uma segunda chance. Prometo me empenhar mais no nosso relacionamento, independente do que aconteça e mesmo que o Senhor não possa atender minhas preces. Juro que vou me esforçar para nos darmos bem. Em troca, não peço nenhum milagre. Peço apenas que me ouça quando eu precisar desabafar, que fique do meu lado quando eu precisar de um ombro pra chorar e que me dê forças para aceitar Sua vontade, seja qual for o desfecho da história. Amém.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um em dois

É meninas, um dia isso teria que acontecer com alguma de nós (e talvez todas, vai saber o que a vida nos reserva). Mas eis que estou aqui passando por um dilema. Bom, menos drama, não é mesmo? É um dilema, mas um dilema bem gostoso e divertido (por enquanto).

Há um certo rapaz que está na minha vida há uns quatro meses. Tudo começou muito rápido, numa semana nos conhecemos, na outra já estávamos descobrindo tudo o que há para descobrir fisicamente um do outro. E está assim desde então, nada mais profundo, nem um cinema no domingo, nada demais. Um fugindo do outro sempre que possível e correndo um para os braços do outro quando dá vontade. Sim, sexo sem amor é vontade, eu sei. E às vezes tento me convencer que realmente é apenas isso.

Esse é um. Ele é espontâneo, louco, aparece na minha casa de surpresa, me beija como se eu fosse o último ser humano da terra e me faz perder o chão todas as noites que passamos juntos, acordados e flutuando. Mas não me leva no cinema, não responde as minhas mensagens, não me liga e não me chama para sair com ele em eventos sociais. E por isso é bom, nos temos quando dá vontade e não precisamos definir um nome para esse relacionamento que nem é relacionamento.

Ele “está aqui”, como me disse uns dias atrás. Simplesmente está, não sabe se vai ficar ou por quanto tempo. E vai lá saber se ele quer mesmo ficar ou se amanhã ele resolve não aparecer mais. É uma adrenalina gostosa, confesso. Mas ao mesmo tempo, parece que está faltando algo, que não está certo assim. Como se fosse preciso se entregar de verdade, com toda a intensidade, senão não vale a pena, sabe?

E devido a toda essa inconstância, ele me deixa muito solta. E numa dessas noites soltas me apareceu outro...

...que é um gentleman, um homem de verdade, desses que você pode até sonhar que vai te levar pra praia com os amigos dele. E que vai te pedir em namoro, com flores quiçá. Desses que você pode sonhar, e até mesmo ser um pouco romântica, why not? Ele sempre me chama pra sair: cinema, bar, parque. Pergunta se eu vou estar ocupada durante a semana, fala de lugares que podemos jantar, de filmes que podemos assistir e me beija com ternura enquanto me abraça na sala do cinema. Ele me busca em casa e não se cansa de me esperar após sucessivos bolos.

Mas parece que falta alguma coisa também, porque não tenho tanta vontade assim de estar com ele, porque parece meio morno, parece que a gente ainda precisa descobrir os caminhos um do outro e isso às vezes me dá preguiça.

E após tomar a decisão de não decidir, eu fico me perguntando se é possível que eu consiga aproveitar ambos ao máximo. Até o momento de uma escolha, talvez. E talvez não seja preciso tomar uma decisão no fim das contas. Eu tenho o melhor dos dois mundos, dividido em dois. Ganho um homem completo, em dois separados. Melhor assim, para ocupar os dias da semana que não estou com minhas fofinhas.

Por enquanto está divertido. E como de costume nessas histórias de amor (ou desamor) alguém vai sair machucado, não será surpresa. Resta saber quem.

Revelação

Na verdade, não acho que a culpa seja sua. Honestamente, o meu coração já estava apertado antes mesmo disso tudo acontecer, ainda que eu não soubesse muito bem o porquê. É só que te conhecer tornou evidente o motivo dessa tristeza que se manifesta principalmente aos domingos, não importa quão fantástico tenha sido o fim de semana. Por mais que eu odeie admitir, te conhecer me fez perceber que eu sinto falta de alguém. Meu Deus, eu realmente detesto essa solidão...

Confesso que no início, sair por aí beijando bocas desconhecidas parecia um bom negócio. Era divertido, prazeroso, garantia boas risadas e servia pra passar o tempo. Mas aí beijar bocas desconhecidas serviu ao seu propósito. O tempo finalmente passou e, numa dessas, você apareceu. E como numa revelação, logo depois daquele momento em que nossos lábios se tocaram pela primeira vez, eu percebi que sim, eu quero ter alguém. Eu quero ter em quem pensar antes de dormir e assim que abro os olhos pela manhã. Eu quero entender a alegria que envolve esses casais apaixonados e abobalhados que caminham de mãos dadas pela Avenida Paulista. Eu quero ter alguém pra quem criar apelidos sem sentido e xumbregas. E, correndo o risco de parecer ainda mais melodramática, eu quero sim ter um motivo pra viver.

O mais engraçado é que foi preciso te conhecer pra me conhecer de verdade.

“Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?”

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ele faz cinema

Ele faz cinema, ele é demais. Com suas viagens mil pela América Latina e mundo afora. Com seu conhecimento de culinária e seus documentários. Cursos em Cuba e jazz, muito jazz. Mas ele estava ali um dia depois de você me perguntar se éramos um e eu estava ali provando para mim mesma o meu medo de ser uma só com você.

Era preciso negar, e ele é a minha negação de você. E então eu falo sem parar, contando histórias e fingindo me interessar por qualquer coisa. Ele faz cinema, e vota no Serra. Quer estudar em Amsterdã, é a favor da legalização e tem uma risada interessante, mas nada se compara ao seu sorriso inigualável com seu dente lascado. E ele me faz rir, às vezes (ou eu me obrigo a isso também apenas para não gastar uma noite e perder a aposta comigo mesma?). E eu continuo falando o tempo todo, muito mais do que me atrevo a falar quando estou com você. Até os silêncios aparecerem, e eu ficar olhando ao redor, já sentindo sua falta. E então menciono você, para te sentir mais perto, para lembrar de uma de suas piadas, a reproduzo, tentando fazer com que você apareça na mesa, tentando fazer com que a conversa tenha graça, como só tem quando você está por perto.

E continuo ali, me perguntando o que será que ele teria a me oferecer. Será que eu conseguiria continuar ali? Mas não sinto nada ali, sou uma pedra que não absorve a conversa e vez ou outra dá um sorriso. Procuro nos dele, os seus olhos, mas eles me enxergam apenas ali, não procuram a minha alma como os seus.

Vamos embora então, quero dormir na cama que ainda tem o seu cheiro. Fiz questão de não trocar os lençóis para poder voltar para você no fim da noite e te abraçar, sonhar com você. Mesmo sendo preocupante, penso agora que talvez isso não importe mais, mas não preciso te contar, não preciso saber de você.

E ainda numa última tentativa, procuro no beijo dele o seu, por alguns minutos, até abrir os olhos, já desistindo. Foi uma noite linda, e eu não precisava estar com você, mas também não queria estar com mais ninguém.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Self-pity day

Não quero mais pedir desculpas! Peço desculpas diariamente para mim mesma.

- Desculpa, Anna, por não conseguir sentir.
- Desculpa Anna, por não conseguir falar o que você sente.
- Desculpa Anna, por não conseguir compartilhar.
- Desculpa por só conseguir escrever.
- Desculpa por não terminar nada nunca.
- Desculpa por machucar as pessoas com suas palavras.
- Desculpa por te matar um pouco a cada dia dentro de mim.

E não é possível que se viva assim, com essa culpa da gente mesmo, com esse dó de sermos nós mesmos. Eu não quero pedir desculpas.

Talvez eu deva aceitar que sou assim, que falo coisas que não quero falar e que te fazem virar as costas e sair andando, que te levam a fazer exatamente o que eu tenho mais medo que você faça. Porque então eu provaria meu ponto. No dia que eu te perdi, ganhei a aposta. E aposto comigo mesma que você vai embora, e que eu vou conseguir realizar isso. Só pra depois pedir desculpas para mim mesma e sentir dó de ser assim, tão idiota.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Amores, amores....

Nós mulheres somos impressionantemente (im) previsíveis.

Somos capazes de ficar dias esperando, ansiosamente, aquela ligação ou mensagem do cara que estamos, aparentemente, apaixonadas. Ficar olhando a cada 2 segundos o Facebook dele, o mural de todos seus amigos, curtindo todas suas mensagens e decorando todas as músicas que ele colocou como favoritas no perfil.

Isso, minhas fofinhas, apenas porque esse foi o MELHOR homem que você já teve na vida, com o MELHOR cheiro, a MELHOR pegada... E o MAIOR pé na bunda que você ainda vai levar.

Não, não acabei de ser largada pelo cara (im) perfeito.

Pela primeira vez na vida, fui o cara perfeito de um cara. Fui aquela que aproveitou, não respondia as mensagens, não retornava as ligações, não dava bola e só queria aquilo. Só aquilo...

E digo mais: FOI BOM! Gostei ser assim.

Gostei o caramba.

AMEI ser assim!

Não estou sendo (in) sensível. Vi essa experiência como um aprendizado. Vi o que nós mulheres nunca devemos fazer e como devemos nos portar diante de nossos futuros e supostos amores.

Fui eu quem pediu o endereço e bateu a sua porta. Fui eu quem não esperou amanhecer e foi embora. NÃO fui eu quem mandou o recado falando que tinha amado a noite anterior e, o melhor de tudo, NÃO fui eu quem acreditou na ligeira mentira de que iria passar o feriado na casa dos pais enquanto estava fazendo a farra na noite da capital.

Recebi mensagens que não conseguia conter o riso. Compartilhei com todos a minha volta, todos riram dele comigo. Ele foi o babaca que eu já fui tantas vezes. E isso é demais!

E quem disse que estava apaixonado...?

TIVE que terminar!

Por quê? Você está me sufocando...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Férias de verão

Começo logo avisando que não tenho talento para sentimentalismos. Ora sou demais (e me passo por maníaca-carente), ora sou de menos (e, consequentemente, sou taxada de coração-frio). Talvez por isso eu não me dê muito bem com despedidas. Simplesmente não sei como me comportar diante da idéia de uma ausência contínua e da possibilidade remota de reencontro. Me recuso a entender por que algumas pessoas que deveriam estar sempre por perto têm que estar a horas (e muito dinheiro) de distância.

Não somos melhores amigos, nem possuímos uma grande história, o que em teoria faria de nossa separação mais difícil. No entanto, possuímos afinidade. Talvez não o mais brilhante, mas sem dúvidas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente. O que garante as conversas mais gostosas e descontraídas. E que não precisa de tempo pra existir.

Tudo isso pra dizer que você me fará falta. Bastante falta.

Você foi como férias. Isso mesmo, férias! Daquelas de verão, que trazem muito sol e alegria, mas que infelizmente acabam quando chega a hora de voltar para a realidade. E que ainda assim deixam lembranças, boas lembranças.

Até um dia, quem sabe...

domingo, 24 de outubro de 2010

Hit bottom

Domingo pela manhã vejo CC, Evita e Jackie deitadas no sofá. Mais uma noite daquelas. E me pergunto se o que fazemos seria algum tipo de fuga ou apenas realmente um passatempo. O que, afinal, nos faz assim? Somos essas pessoas sempre? Todo dia no trabalho, na verdade, somos assim? Somos o fundo do poço? Prefiro pensar que não. Prefiro pensar que quando somos assim, somos o nosso máximo e que nada mais irá nos superar e nunca fomos mais felizes e completas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

R.I.P., bi-atch!

Não foi o crime perfeito, mas arquitetado para ser.

Eu não queria machucá-la, mas era preciso esconder as evidências. Uma mulher nunca mataria assim. Se tivesse concordado em simplesmente desaparecer nada teria abalado a nossa relação. Queria ser sua amiga, mas você insistia em querer parecer superior! Sempre insistindo em ficar, em ficar cada vez mais perto. Cada vez mais perto dele.

Não me importa a ordem de chegada, isso nunca foi uma competição.

Nada é perfeito, mas você colaborava tanto para a imperfeição de tudo. Um simples domingo poderia parecer um inferno se você desse o ar da graça, mesmo de longe, mesmo apenas ouvindo o telefone tocar. Era preciso acabar com esse pesadelo.

Você era o pesadelo, entenda. Era melhor ter ido embora. E você pode argumentar que eu nunca lhe dei essa opção e eu lhe diria que isso é apenas mais um de seus jogos. Tente convencê-lo agora que eu não presto, que você é a melhor das mulheres! Acho que na verdade você não consegue mais, não é mesmo? Falta-lhe a coragem? Não, se estivesse viva, você falaria.

Sinto por tirar a sua vida. Mas reitero, talvez você aprenda algo com isso tudo.

Cada um escolhe a maneira que quer viver, e isso pode levar à morte. É a ordem natural da vida. E você escolheu essa maneira de viver: sempre no meio de tudo, no meio dos outros. Não me importa a vida que você leva, importa que você escolheu entrar no meio da minha.

Eu te dei tantas chances de continuar essa sua vidinha. E você insistia em sempre estar na minha.

Olha, ver seu sangue escorrendo, pendurada de cabeça para baixo, como um porco apodrecendo, não foi uma das melhores imagens que tive nos últimos dias. Mas tive momentos piores, como no dia em que ele desapareceu com você no meio da multidão e lhe deu suas mãos para guiá-la. Não sou nem um pouco ingênua de acreditar que aquilo não era um jogo de poder para você. Entenda: eu nunca competi. Sempre fui mais forte. Está claro agora?

Na verdade deveria lhe perguntar à essa altura se já encontrou a luz.

E digo que não irá me agradar ver ele chorando por você amanhã (ou quando for que encontrarem o seu corpo apodrecido). Mas nesses dias, meses (quiça anos!) que você não estiver por perto eu estarei no paraíso. Não porque ele será só meu. Entenda: nem quero ele tanto assim. Mas era tão insuportável o seu comportamento, mal me importava com o que ele estava fazendo, apenas ter você por perto me revirava o estômago. Você precisava aprender a ser menos inconveniente, a ser menos cínica. Queria tanto que entendesse o valor do que estou fazendo. Estou tentando te ensinar a não ser escrota. A ser mulher, a saber que mulheres têm um código e por causa de você pode parecer que não temos.

Será que agora você vai entender de uma vez por todas que fiz um bem para a humanidade, ou ao menos para as mulheres? Será que você vai entender que apenas porque você existe, não quer dizer que ninguém mais pode existir? Que eu respeitava o amor de vocês, mas você não respeitava nem o cigarro que eu fumava?

Desculpa ter ido longe assim, mas parecia que você nunca aprenderia de outra maneira. Quem sabe em outra vida você consiga ser melhor.

R.I.P., BI-ATCH!

domingo, 17 de outubro de 2010

No love, just sex...


"Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval
Amor sem sexo
É amizade
Sexo sem amor
É vontade
Amor é isso
Sexo é aquilo
E coisa e tal!
E tal e coisa!

Ai, o amor!
Hum, o sexo!"

Aniversário da dessintonia entre o amor e sexo. Será que essa maré nunca vai ter fim?

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Relatório: mission field 2

Dia da semana: quinta-feira (afinal, dizem os descolados que quinta é a nova sexta)
Horário: não me pergunte, eu não saberia responder
Local: boa e velha Rua Augusta
Soldados: Anna K., Evita Perón, Coco Chanel, amiga plus (aquela mesma de uma de nossas aventuras anteriormente retratadas) et moi (Jacky Onassis)

Porque nada com as (in)sensatas é previsível. Até um encontro destinado ao planejamento da tão esperada viagem de fim de ano pode se tornar mais do que um simples encontro destinado ao planejamento da tão esperada viagem de fim de ano. Ainda mais se a referida ocasião envolver champagne e cerveja. E tenho dito.

Eis que estávamos em minha casa, decidindo qual das praias paradisíacas de Cuba visitaríamos primeiro em dezembro (ai, essa vida às vezes me cansa!), quando de repente alguma de nós tem uma idéia que, confesso, me pareceu brilhante àquela altura da noite: Villa Country. “Topo, topo, por que não?”, pensei. O nível de álcool já estava elevado e definitivamente seria um desperdício não aproveitar a oportunidade para causar um pouco mais.

Colocamos então nossos uniformes de guerra e nos dirigimos ao Villa Country. Infelizmente (ou felizmente), não conseguimos entrar. Acho que todos os cowboys de São Paulo tiveram a mesma idéia que nós. Guerreiras que somos, porém, não desertamos e seguimos rumo a nosso lugar favorito nessa cidade: Rua Augusta. Resultado: acabamos em uma das baladas de sempre, balada que, inclusive, consiste no local de trabalho de nosso bartender favorito (sim, leitores, aquele mesmo que consegui abater em uma das últimas missões relatadas).

Aquela parecia ter tudo para ser uma noite perfeita. Logo ao entrar na balada já demos de cara com dois de nossos amigos mais próximos, Supla e Dinho Ouro Preto (não, meus caros, ao contrário do que vocês provavelmente estão pensando, refreamos nossa tietagem e contivemos a vontade de tirar foto com essas duas grandes sub-celebridades brasileiras).

Após um reconhecimento geral do ambiente, finalmente chegamos ao bar. E para nossa surpresa (ou não tão surpresa assim, já que esperávamos profundamente que isso acontecesse), lá estava ele. O bartender. “O” bartender, repito, com toda sua saúde. E braços fortes tatuados. Meu primeiro instinto foi checar até que ponto sua memória era boa. Após verificar que meu nome e expressão facial ainda lhe eram familiares, decidi derrubá-lo. Com toda minha persuasão, convenci o cidadão a participar de uma pequena aventura comigo. Mas, responsável que é em seu trabalho de embebedar seus clientes, impôs uma condição: toda nossa aventura teria que se desenrolar em locais secretos, com vistas a não prejudicar em nada seu tão digno trabalho de servir álcool a indivíduos sedentos por diversão. E lá fomos nós. Atrás do bar, no estoque, em alguma esquina deserta...

Enquanto eu lutava pelo time, tivemos uma baixa ao longo da batalha, já que my dearest friend Evita Perón (a.k.a. the group’s workaholic) teve que se retirar do combate por razões profissionais (sim, nas horas vagas a gente também trabalha). Óbvio que com uma a menos em nosso exército, todas as demais tiveram que trabalhar o dobro para garantir o mesmo nível de sucesso. Coco Chanel, por exemplo, deu o seu melhor e conseguiu abater um inimigo de muita saúde e dinheiro no bolso, cujo nome, bem, ela não lembra. Já eu, pelo time, tive que recuar da "Operação Bartender" por alguns segundos para abater um inimigo de alto escalão e que contaria muitos pontos a nosso exército. Mas fiquem tranqüilos, caros leitores, a "Operação Bartender" teve um final feliz (pelo menos pra mim!).

No dia seguinte...

Jacky Onassis: - Anna K., dá uma olhada no cara gato que ta dormindo na minha cama (no mesmo instante, Anna K. olha e dá um suspiro.) O problema é que ele não acorda e eu preciso muito que ele vá embora. Ah, além disso, eu não quero ter que falar com ele e ser fofinha. Você pode, por favor, pedir pra ele sair daqui? Eu me escondo no outro quarto, você diz que eu já saí pra trabalhar e manda o cidadão tomar o caminho da roça. Combinado?

Anna K. (usando nada além de shorts e soutien): - Claro! Mas posso pedir pra ele me pegar antes de sair?

Jacky Onassis: - Be my guest, sweetie! E peça a ele que faça o serviço completo, por favor!

Moral da história: Sempre diga "topo, topo, por que não?". Essa frase tem um poder mágico e torna qualquer coisa possível.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Easy coming...

Olha, queria te agradecer por ter durado tão pouco. Queria te agradecer mais ainda por ser um escroto. É assim mesmo que eu gosto.

Easy coming, easy going!

Vá embora. Não estou pedindo. Já expulsei.

Vá embora e não volte nunca mais. Juro que não vou pedir para você voltar, nem num dia que eu estiver muito carente. Nem num dia em que eu sentir demais a falta da sua risada e do seu abraço apertado, que sempre me deixa sem ar. Durou tão pouco e foi melhor assim. Era só sexo, lembra? Não quero um filho teu. É, eu posso ser escrota também. Combinamos nisso. Mas não foi o suficiente, eu já te deletei. Entende?

DE-LE-TA-DO!

É tão fácil assim, você foi tão fácil. Vou curar essa ferida com muito álcool, vou curar esse vazio de você com muito champagne, comemorando a minha solidão e a minha (in)felicidade em ser assim, vazia, sem necessidade de ser completa.

Pelo menos, sim, pelo menos não serei uma dessas idiotas apaixonadas que vemos por aí, acreditando que qualquer coisinha é amor.

Amor não existe, entende?

Fairytale

Quero simplemente te usar. Seria tão bom!

Não me preocupar com nada, muito menos com você!

Ter a minha noite garantida e nada mais... E não me importar (nem mesmo um pouco) com as coisas que você faz!

No dia seguinte acordaríamos e cada um seguiria seu caminho, e eu não teria a curiosidade de querer saber o que você faria depois disso.

Eu não alimentaria sentimento algum, simplesmente estaria com você ocasionalmente e nos divertiríamos juntos... Mas NUNCA pensaria em você para além dessas ocasiões!

Nossos momentos seriam os melhores, mas eu saberia que não me importaria com você até vê-lo denovo!

Esse seria meu conto-de-fadas perfeito!

"I could just taste it
If it's not forever
If it's just tonight
Oh, it still the greatest..."

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Work sucks, I know

Yeah, bi-a-tches! Mulheres de calça aberta unidas jamais serão vencidas! Calcinha de velha rules! Ou floridas, caso você tenha alguma esperança. Caso o cara tenha ficado de te ligar... Sim, ele estava com um "amigo". E você acreditou. Suuuuuuuuuuuure! Patinha...

Não é pra ter sentido. Então vamos pra balada, bebassas. Jacky, Evita, Anna K. et Coco acompanhadas de mais uma amiga e muitos (MAS MUITOS) homens.

F
O
M
O
S
!

"We're half way there..."

Pack your bags, something small

Quero ir embora! Cheguei a essa conclusão!

Não tenho raízes, não tenho dinheiro, não tenho família nem amor nenhum que me segure onde estou.

Quero ser uma cidadã do mundo e me preocupar em fazer o melhor que eu posso, mesmo que seja servir pratos gordurentos nos Estados Unidos, limpar o chão de um bar qualquer na Escócia ou cuidar de velhinhos na Alemanha.

O que diferencia isso de qualquer coisa produtiva que poderia estar fazendo aqui? O que diferencia isso de criar raízes num país com o qual eu nem me identifico?

Quero ir para o Nordeste também, conhecer como as pessoas do meu país vivem, como elas vivem num país tão diferente do meu.

Quero usar o meu tempo livre, não-remunerado, meu tempo útil no sistema capitalista para ser inútil e pobre, para não ser produtiva, para escrever todas essas linhas que já não consigo segurar dentro de mim.

Quero ir embora porque não tenho espaço em você e na verdade nem quero ter, pouco me importa o lugarzinho que você poderia um dia me dar dentro do seu coração. Talvez você nem tenha coração. Não me importa!

Quero ir embora com uma malinha pequena nas costas, avisar minha mãe um dia antes para ela não surtar e me fazer ficar com todas as suas culpas.

Quero ir embora e conhecer todos os amores da minha vida perdidos em cada um dos continentes e achar em cada um deles um lugarzinho no meu coração. Sim, eu tenho um coração, que pulsa e que está morrendo, batendo cada dia mais fraco, sentado nessa cadeira na região da Paulista com salário e benefícios, sem desafio e sem visão.

Quero ir embora, sozinha, deixando meu e-mail aberto para receber todo o amor virtualmente, o amor que virá de longe e me trará saudades.

Quero ter saudades de quem eu fui e viver intensamente quem eu sou!

Estou arrumando minha mala, minha pequena e insignificante mala, porque quero enchê-la de amor dos quatro cantos do mundo!

Até mais ver!

“Pack your bags, something small, take what you need and we’ll disappear...”

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pensamento da noite

Por que os homens são assim?

Quando temos a (in)felicidade de nos apaixonarmos fazemos de tudo para agradá-los e, ao mesmo tempo, tomamos cuidado para não exagerar na demostração de nossos sentimentos.

"Será que assim tá bom?"

"Será que estou exagerando?"

"Quero taaanto ligar, mas não quero assustá-lo sendo pegajosa demais..."

"Preciso comprar uma lingerie e enlouquecê-lo esta noite!"

"Será que hoje já posso ligar? Ou melhor ser mais informal e só mandar uma mensagem?"

E depois de todo este esforço para não parecer uma psicopata perseguidora, depois de reprimirmos sentimentos e pensarmos em estratégias para TAMBÉM deixá-los apaixonados, depois de tudo isso eles continuam impassíveis... Por quê?

Será que a explicação é pura e simplesmente este medo de se entregar tão bem abordado pela nossa querida Anna K.? Ou será que eles também se apaixonam assim, mas têm reações diferentes das nossas? Ou será que eles parecem tão felizes ao nosso lado mas, na verdade, não sentem absolutamente NADA ESPECIAL? Por que eles simplesmente não nos fazem declarações, levam flores, chamam pra jantar e dizem que estão COMPLETAMENTE APAIXONADOS? Tento me controlar, mas sei que lá no fundinho essa demonstração exagerada de sentimentos me deixaria babando ainda mais...

Ou será que se ele se entregasse assim eu não acharia a coisa tão excitante e pularia fora rapidinho?! Afinal, isso já aconteceu...

Sei que não somos tão fáceis assim de se compreender. Mas esses homens... Ah, esses homens! Será que um dia UMA ÚNICA MULHER QUE SEJA poderá realmente decifrar tudo o que eles querem e esperam de nós?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

É tão difícil assim se entregar?

O pior disso tudo (esse negócio de se apaixonar e tal) é que a gente fica sem controle.

E te dá uma melancolia sem tamanho numa segunda-feira depois de um fim-de-semana tão bom. Você pensa que talvez a sua maior vontade seja vê-lo de novo. Até pensou em chamá-lo para ir ao cinema no domingo à noite, mas era ainda muito cedo. Ainda é muito cedo. Porque na verdade tudo isso pode não passar de sexo, apenas isso. E você achando que só porque no meio da pista da balada ele te disse umas coisas que escreveu para você e aquilo foi o momento mais romântico do mundo na sua cabeça, só por isso você acha que não é só sexo.

Cabeça de mulher é uma merda mesmo.

É tão difícil se entregar simplesmente porque as regras não são claras, esse jogo de sairmos todo fim-de-semana e já não deixarmos de nos ver um sequer não tem as regras claras, não se sabe exatamente o que é. E eu sei que eu não ajudo. Trato-o como lixo às vezes, e dou a entender que tenho mais vários caras e que minha vida está assim, solta, solta. Mas tenho certeza que ele sabe o quanto eu não me seguro quando ele está por perto e que ele faz questão de aparecer sempre e onde quer que eu esteja e vice-versa. Mas ainda assim nada é claro, não é fácil se entregar, não é simples, não é automático. E de repente me enxergo procurando por ele em qualquer um numa noite perdida por São Paulo com minhas soulmates.

Não é fácil se entregar porque pode doer demais.

É muito mais fácil fecharmos nosso coração, simples assim, pensar que é só sexo mesmo e que pode durar pra sempre. Por que não? Eu nem tenho ciúmes. Ele pode achar outra garota aí e se apaixonar e eu vou estar ótima! Vou achar outro cara que queira noites agitadas nos fins-de-semana, ou numa quarta, quinta, tanto faz. E assim eu vou me enganando. Porque quando ele diz no meu ouvido “ela se derretia em seus braços” é porque ele sabe que eu já me entreguei, mas vou continuar fingindo que não, vou continuar fugindo, vou continuar com medo. Justamente por ele ser o que eu preciso, justamente por talvez eu sempre ter procurado por ele - justamente e paradoxalmente - por isso é tão difícil se entregar.

"The future's open wide
I'll stop the world and melt with you"

domingo, 26 de setembro de 2010

Farewell

Se é pra dizer adeus
Pra não te ver jamais
Da dor que me devora
Quero dizer-te mais
Que além de adeus agora
Eu te prometo em paz
Levar comigo afora
O amor demais

Quero um amor desses de facebook

Quero um desses amores que fala "eu te amo" pelo facebook, assim, pra todo mundo ver, mesmo com três semanas de namoro! Sem vergonha de nada. Muito pelo contrário, que seja público enquanto dure!


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Desabafo de uma solteira

Sempre fui alguém que nunca sonhou com seu casamento, com o marido perfeito ou o nome dos filhinhos. Não que me orgulhe disso ou ache que isso nunca vá acontecer. Eu espero que aconteça.

Estava imaginando aquele momento em que você fala o “I do”. O quão emocionante deve ser se entregar a uma pessoa para toda sua eternidade, ou pelo menos até que o divorcio os separe, frente a uma platéia repleta de pessoas queridas. Ou imagine a emoção de poder falar para alguém que você vai para casa encontrar seu marido logo após sua lua-de-mel.

Ainda não me enxergo nessa situação. Provavelmente porque penso nunca ter encontrado alguém por quem valesse a pena ter esse tipo de pensamento. Mas, o que me incomoda, é que será que algum dia vou encontrar? Não estou falando de um príncipe encantado ou, preferencialmente, um deus grego. Apenas alguém. Pode ser o desabafo em um momento de solidão repentina ou a falta de um amor que um dia deixei escapar, mas sinto a necessidade de dividir com vocês, queridos leitores, que quero Peronzitos um dia.

Sim, UM DIA. Por enquanto estou feliz aproveitando QUASE todas as coisas boas que a juventude proporciona. Viajar a vontade com as amigas, poder olhar para todos os lados, caras, cores, idades, e ainda assim sonhar com um futuro próspero, com uma pessoa para compartilhar tudo. Bem, quase tudo. Os segredos, claros, sempre ficarão entre as (in)sensatas.

Viajo porque preciso, volto porque o dinheiro acaba

Minha mãe é uma pessoa fantástica (sim, meus caros, eu falo muito da minha mãe, get used to it). Nasceu em uma família pobre, conquistou um patrimônio razoável e criou (muito bem, modéstia a parte) dois filhos e duas enteadas, enquanto se desdobrava para crescer profissionalmente. Além disso, ela tem o corpo de uma pessoa 20 anos mais jovem, corre maratonas, cuida de uma empresa e de duas cachorrinhas, cozinha banquetes para a família e, ao final de cada dia, ainda encontra tempo para me ligar e me ouvir falar por 1 hora sem interrupções sobre as coisas mais aleatórias possíveis que, muito provavelmente, nem a interessam tanto assim. Ah, e obviamente, ela faz o mesmo para os meus outros 3 irmãos.

O que eu não entendo é porque uma pessoa tão incrível como ela não tem a menor vontade de cair no mundo e conhecer o existe por aí. Sei lá, viajar, mergulhar em novas culturas, sentir o arrepio de estar em Paris durante a noite, provar a massa verdadeiramente italiana, congelar na neve de Berlin ou se encantar pela beleza de Budapeste. Não tenho dúvidas que ela, que já é tão incrível, seria ainda mais fanstática depois de novas experiências.

A verdade é que minha mãe é uma dessas pessoas que tem a vida toda planejada e que não vê a menor razão pra sair da rotina que ela mesma criou. Ela está muito bem, obrigada, já instalada em sua zona de conforto e simplesmente não entende porque correr o risco de passar a virada do ano em uma praia cubana andando em carros velhos se existe a oportunidade de passar em sua própria piscina andando em seu carro de última geração.

Não digo que isso seja ruim. Algumas pessoas simplesmente gostam de ter tudo planejado, não só no que diz respeito a viagens, mas a todos os demais aspectos da vida. Eu respeito essa decisão. Só não acho que isso seja pra mim. Honestamente, não quero planejar estar casada e com dois filhos aos 30 anos. Meu maior medo é me tornar uma dessas pessoas típicas da classe média, que casa, tem filhos, matricula-os na escola de inglês quando completam 10 anos, planeja a viagem em família para Disney, trabalha das 08h às 17h e em um dia já decide tudo o que vem nos próximos 20 anos.

Claro, ter planos e metas é importante, mas isso não pode excluir o fator surpresa da vida. Se for pra estar casada, que aconteça, pura e simplesmente, sem qualquer planejamento. E que isso não impeça que o inesperado continue inesperado. É tão loucura não querer ser comum? Querer viajar o mundo ao invés de se instalar aos 25 anos? É assim bizarro querer um pouco de surpresa na vida?

Viajo porque preciso. A satisfação que o desconhecido me dá é inexplicável. E sinceramente? Só volto porque o dinheiro acaba.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ele encanta o mundo com o seu sorriso

O seu sorriso e outras coisas mais. Não vamos negar, garotas, o sorriso do tal rapaz a quem me refiro realmente é algo assustadoramente bonito, aqueles dentes branquíssimos, contrastando com a sua pele morena, num tom moreno ideal, quase ofuscam quem olha pela primeira vez. Não há como não se encantar...

E então, após uma conversa ou outra, um papo-furado ali, uma piada acolá, está esse sorriso maravilhoso olhando para você, fazendo com que o seu próprio sorriso e o de qualquer outro ser humano que pise nesta terra não passe de alguns míseros dentinhos que desejam sumir diante de tamanha... saúde dental. E você vira e fala: “mas que sorriso lindo você tem”. Ou na verdade você só pensou isso, nem se lembra mais.

Olha, isso é porque vocês não o conhecem. O sorriso dele é maravilhoso, sim. E esperem até o rapaz tirar a blusa depois de um jogo suado de futebol. Meninas, parem! Respirem! Não quero ver ninguém passando mal nessa quadra! Não dá, é muita saúde para um sorriso só.

Mas o melhor ainda está por vir: esperem ele ir beber uma água no bebedouro ali do lado da quadra e prestem atenção naquela bunda! Não há nada que se compare à perfeição daquele movimento. Você imagina tudo, tudo o que poderia fazer se ele estivesse no seu quarto (no carro eu já estaria no lucro).

É garotas, daria o telefone, e-mail, Facebook, qualquer coisa que preferirem porque para mim esse rapaz está fora de cogitação por motivos morais que são maiores do que eu e olha que eu nem sou tão ética assim. Mas não dá (e não posso dar mesmo, isso é fato). Só queria compartilhar aqui com vocês o quanto o mundo é injusto e eu nunca colocarei as mãos nesse delicioso e suculento...

E por isso me contento com ele encantando meu mundo apenas com um belo sorriso.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Me, myself and I

Sábado me encontrei numa situação que já havia se tornado desconhecida pra mim. Pela primeira vez em meses, me vi completamente sozinha. Sem companheira de casa, sem família, sem melhores amigas (in)sensatas por perto e sem nenhuma conexão com o mundo (sim, até minha wi-fi resolveu me abandonar).

Sinceramente, foi estranho e até meio assustador me ver nessa condição. Nas últimas semanas minha agenda social andou tão cheia entre trabalho, academia, aulas, jantares e festas, que mal tive tempo pra pensar em mim. Na verdade, acho que o tempo todo foi esse o propósito dessa badalação: não pensar em mim. E ficar sozinha, de uma forma ou de outra, faz isso acontecer.

Ficar sozinha implica pensar na vida. Implica pensar no presente e fazer planos pro futuro. Implica enfrentar seus medos. E, honestamente, o futuro é algo que anda me amendrontando bastante. Tudo o que eu mais tenho tentado evitar é pensar no que vem pela frente, no próximo passo, na etapa seguinte.

Mas às vezes as coisas que mais tememos são aquelas que realmente nos fazem bem. Consegui resistir aos meus desejos de ligar para alguém da minha agenda telefônica, enfrentei meus medos e pensei no futuro. E sabe de uma coisa? Eu fiquei feliz com o que vi. Nem tudo está certo, claro ou resolvido, mas as perspectivas são boas.

Decidir qual é o próximo passo a ser dado não precisa ser uma tortura. Talvez o melhor seja não se cobrar tanto. Talvez o ideal seja pensar em algumas alternativas e deixar que o tempo vá te mostrando qual é o melhor caminho, aquele que realmente deve ser seguido. Só não deixe de pensar por não encontrar a solução logo de cara.

Resolvi repetir a dose mais vezes. Eu e eu mesma, juntas. Finalmente eu gosto da minha própria companhia.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Diga ao povo que eu fujo!

Sabe, todo homem tem o direito de fugir. Aliás, diria que é mais do que um direito, é quase algo obrigatório. Devem aprender isso nas aulas de futebol, certeza que aquilo tudo é apenas uma fachada para o que eles realmente aprendem: fugir de compromisso!

E então vem a idiota da mulher achando que, "pô, o cara escreve bem, é sensível, faz um sexo mais do que razoável, por que não se entregar?". Afinal, nós mulheres (in)felizes buscamos uma (in)felicidade assim, normal. Poxa, eu vou me entregar, ele vai se entregar, nossos filhos vão ser baixinhos, mas e daí? Nossa casa não vai ser a mais bonita da rua, mas e daí? Love conquers all, não é mesmo?

Doce e idiota essa ilusão, hein meninas? Vou dizer que não há nada nessa terra que me faça me entregar a essas fantasias. Consigo imaginar até o momento do cara estar na minha casa todos os dias, até o dia (que vai chegar, mais cedo ou mais tarde) em que ele vai se mostrar o cara mais escroto dessa terra. Nesse momento, você pensa com você mesma que você vai estar perdendo um futuro marido gordo e insensível, porque não se engane, não é porque o cara vai na academia hoje que ele vai pra sempre, e não é porque ele escreve num blogzinho aí que isso sempre vai te encantar até a hora de vossa morte (amém).

No fim das contas, todo ser humano tem o direito de fugir. E digo mais: toda mulher deveria aprender a fugir! Nos primeiros sinais, e eu digo nos primeiros, hein! Nada de esperar que depois daquele bolo ou daquela cafajestada ele ainda seja seu futuro marido.

Eu sei que estou pedindo demais, eu sei que fomos criadas assim desde sempre, desde que se instaurou esse mundo que nos obrigou a ficar em casa, e isso nos enraíza até hoje, nos sentimos compelidas a ficarmos e eles fogem com uma naturalidade sem igual. E a gente fica online, manda mensagem, ficamos "em casa" esperando com o ninho quente... É esse ninho dentro de nós, cuja temperatura infelizmente nem temos a capacidade de controlar.

Está ficando muito filosófico? Me desculpem, mulheres apaixonadas, não quero falar que sou melhor que vocês, eu me apaixono também! Juro que sim, mas tem algo muito forte dentro de mim que foge de compromisso, que não se entrega. Será que é pedir demais que todas as mulheres sejam um pouco assim? Só não me venham com "ai, se apaixonar é lindo" que sou capaz de matar uma!

Minha luta pelo dever feminino de fugir!

Dona Flor e seus... 3 maridos!

A sexta-feira parecia normal, somente o começo de um desses finais de semana em que reunimos a nossa “gang” e saímos para nos divertir.

Entramos em uma porta escura de uma ruazinha mal iluminada e logo pedimos as primeiras garrafas de cerveja (não as primeiras daquela noite, já que antes estávamos bebendo na casa de uma amiga). A música estava boa e o lugar era mais atraente por dentro do que por fora. Começamos a dançar e a beber... E a beber mais e mais!

Geralmente não me interesso por homens com quilinhos a mais (não quero desmerecer os gordinhos, só não fazem meu tipo), mas a essa altura da noite já estávamos embriagadas. Quando dei por mim estava aos beijos com esse gordinho sexy, a segunda vez que cedi aos seus encantos desde que o conheci!

No sábado, saí à procura de uma roupa para usar à noite, afinal, tinha planos que deveriam ser concretizados. Escolhi um vestidinho provocante e a festa começou cedo na casa de alguém. Nada menos do que muuuita cerveja e garrafas e mais garrafas de diferentes bebidas destiladas. Meu alvo da noite chegou tarde e eu já estava em ponto de ataque. Fomos para a balada que havíamos escolhido e não agüentamos esperar muito, logo estávamos à caminho do seu apartamento.

SEMPRE cedo aos encantos desse alvo, ou melhor, acho que ele anda me encantando demais e isso está me deixando preocupada (mas isso não vem ao caso agora). Chegamos a sua casa e ele me ofereceu algo que me deixou flutuante antes mesmo de ser beijada. Fomos para o quarto e posso dizer que superei suas expectativas naquela noite.

No domingo, acordamos tarde e ele me deixou em casa. Quando já devia ser hora do café da tarde, me encontrei com um velho conhecido e saímos para almoçar. Gentil e carinhoso como sempre, ele me levou a um ótimo restaurante e fez o papel de um verdadeiro cavalheiro. Não tenho como negar que há muito tempo esse homem me encanta. Não resisti e fomos para minha casa. Ele se portou muito bem entre quatro paredes, como sempre faz!

Depois disso, precisava de uns dias de descanso, pelo menos até a próxima sexta-feira.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Man, I feel like... a man!

Te pego numa rua qualquer para te levar ao motel, que eu mesma te convidei e você aceitou como um ultimato. Não negou por sequer um instante e ensaiou um charme que eu logo rebati com indignação, porque, afinal era eu quem estava proibida de fazer essas coisas de mulher.

Depois de matar a vontade imediata que estava de você nos divertimos com alguma conversa, algo superficial e sem muito sentido. Até tenho vontade de te perguntar alguma coisa mais íntima, simplesmente por causa da minha curiosidade nata que quer saber de tudo e conhecer as pessoas de verdade, sei lá, esse meu lado meio mulherzinha. Mas logo passa e só penso no quanto tempo ainda temos ali, não vamos gastá-lo assim, com bobeiras sentimentalóides.

No meio de um ou outro papo sobre qualquer-coisa vem você com suas tiradas pra lá de cafajestes, que imagino às vezes serem direcionadas apenas para que eu saia do sério. Você acha que saio de verdade, mas na verdade eu finjo só para que a noite seja mais agradável. E aí, vem você e solta a pérola: “toda mulher precisa de um homem para se sentir feminina e completa.”

E eu deixo passar, pois logo mais você vai me fazer flutuar e nem me importo com o nível de machismo no seu sangue agora. Afinal, em minutos todo esse sangue estará exatamente onde eu quero que ele esteja e só isso me importa. E você vem com as suas histórias, mas hoje ninguém está para histórias e você entende. E como quem não quer nada se entrega a mim com uma vitalidade só sua.

Depois de alguns minutos sem poder pensar em qualquer coisa, minutos em que só se pode esvaziar a cabeça com a brisa que entra pela janela, pronuncio as palavras que eu sei que você espera ouvir: “nunca me senti tão feminina e completa.”

E apenas para complementar o romantismo da noite, você finaliza: “no fim da transa o que o cara quer é que a mulher vire uma pizza. Esse é o sonho de qualquer cara.”

Então, olho para você e não vejo nada além de muzzarela e pepperoni.

Boa noite.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

El crímen FerPecto

Por supuesto, caros leitores, nem todos são perfeitos. E o mesmo vale para os homens, em especial quando se trata do desempenho entre quatro paredes, no carro, escada de incêndio, na praia, no parque...
Não se trata de falta de experiência. O que estamos falando aqui é a falta de vontade, vontade de entender que nós somos também fruto de um grande equívoco, único e exclusivamente feminino, de escolher os incorretos benditos para as façanhas. Às vezes, em nossas caças, cometemos o erro de ler o livro errado. Sabe aquele que tem uma capa linda, dura, colorida, com flores e cheiro de peça rara, que nunca pertenceu a mais nenhum ser neste planeta a não ser à editora? Infelizmente, o conteúdo destes nunca nos satisfaz. É vazio, não te deixa absorto na história, não te intriga, muito menos te leva a lugares inimagináveis!
Mas há os livros interessantes... Os que em uma única leitura as fazem sentir como se nada existisse a não ser AQUELA leitura, como uma história sem fim, como um crime perfeitamente executado, como um golpe de poder após um combate vencido.
Claro que são raros, e lembrem-se que não são keepers. O mundo possui inúmeras bibliotecas para pesquisarmos, vasta gama de manuscritos a serem decifrados e possibilidades diversas de sermos surpreendidas quando menos esperamos.

Jacky, darling, melhores virão... E se virão!

A little more bite and a little less bark

Continuando a temática da nossa querida Jacky, vou dividir alguns pensamentos e ações (claro!) relacionadas a nós, seres femininos, e nosso querido, e às vezes não muito adorado, sexo oposto.

Tudo começou há alguns (muitos?) anos atrás, quando essa que vos escreve teve sua primeira relação sexual. Vamos dizer que não foi das melhores, vamos dizer que também não foi a pior de todas. Mas foi ruim, pensando agora, comparativamente e na retrospectiva de uma mulher experiente. A primeira vez de uma mulher não deveria ser algo esperado, nossas mães não deveriam de maneira nenhuma colocar em nossa cabeça que devemos esperar o cara certo, a hora certa, nada disso. Talvez o pior cara, o mais errado de todos seja aquele que vamos lembrar sempre como o melhor sexo das nossas vidas... Bom, acho que era aqui onde queria chegar.

Jacky, não quero me gabar, talvez esteja contando apenas para dar esperança a tantas outras mulheres que andam por aí sofrendo com esse mesmo problema de... (Como dizer isso da maneira mais polida?) Esse problema de homens que não sabem satisfazer uma mulher? Acho que assim está sutil, não?

Às vezes encontramos um sexo muito bom que não tem absolutamente nada a ver com conversas, afinidades, sonhos, e muito menos com amor ou paixão. Posso quase chegar a conclusão que é possível encontrar o melhor sexo no dia em que nos entregamos a algo que queremos muito, sem pensar em inibições, em charme, em futuro.

O melhor da nossa vida é simplesmente o cara que vai nos encostar na parede de um bar e nos fazer sentir como se fôssemos a última das criaturas na terra, vai pensar um pouco menos (como você disse mesmo, Jacky?) na "ejaculação" dele e mais no quanto ele pode prolongá-la para que a pessoa que está na frente (em cima, embaixo, do lado) aproveite o máximo da noite (dia, tarde, manhã) e para que os dois juntos aproveitem tudo. E isso não tem nada a ver com gostar, isso não tem nada a ver com consideração, isso é simplesmente querer oferecer um sexo bom, querer ter um bom momento a dois. E vou te dizer, só pra ninguém ficar com zóio gordo pra mim: esse cara não é só o meu cara e não é que vocês dão azar nem nada disso. Ele vai aparecer, confia em mim que ele vai.

O melhor sexo de suas vidas pode estar por aí, num lugar que você nunca iria imaginar o seu "principe encantado", falando a velha e boa língua tupiniquim, estudando algo que você nunca imaginaria, tipo... oceanografia! Whatever! Sem trabalho, ouvindo rap e andando de skate. E, de repente, esse cara que você nunca olharia na sua vida, mas que um dia te chamou a atenção e você pensou "why the hell not!", pode te surpreender num beco qualquer dizendo que sente saudades... dos seus gemidos. E isso vai te deixar louca, não porque você enxerga seus filhos com ele, mas sim porque você sabe o quanto aquela noite vai ser boa e (por enquanto) isso é só o que importa aos dois.

"A little less conversation, a little more action please
All this aggravation ain't satisfactioning me
A little more bite and a little less bark
A little less fight and a little more spark
Close your mouth and open up your heart and baby satisfy me
Satisfy me baby"

Less talking, more sexing

Que minha mãe não me ouça, mas sexo é fundamental. Simplesmente não entendo quando escuto pessoas jovens e saudáveis dizerem que o sexo tem um papel secundário em um relacionamento ou que são capazes de passar meses sem nenhum contato físico e isso não as afeta de nenhuma forma. Sério, gente? Será que eu sou algum tipo de perversa? Ou será que meu intelecto e minha espiritualidade são tão subdesenvolvidos a ponto de me fazerem dar tamanha importância ao mundano?

Normal ou anormal, regra ou exceção, fato é que o sexo é parte essencial da minha vida (e, certamente, da vida das demais insensatas). Mas peloamordedeus, por que é tão difícil encontrar sexo bom? E por sexo bom, eu não me refiro ao estilo Kama Sutra. Claro, o Kama Sutra seria ótimo, mas o velho papai e mamãe com boas preliminares e uma pegada daquelas já bastaria. Mas, meus amigos, até isso anda em falta no mercado! São verdadeiros tempos de crise...

Sei o que você está pensando, caro leitor. O problema sou eu, certo? Errado! Em minha defesa, alego que todas as insensatas já passaram pelo mesmo inconveniente. Veja a pobre Evita, por exemplo. Moreno, 23 anos, pele bronzeada, olhos verdes, ombros largos... A aposta era alta. Sem dúvidas, aquela noite seria lembrada como uma das melhores de sua vida. Doce ilusão! Infelizmente, o pobre não durou mais de 3 minutos... O discurso? O velho “isso nunca aconteceu comigo antes”. “Você espera mesmo que eu acredite que eu sou o problema?”, foi o que Evita pensou, após a frustrada tentativa de atingir o céu. Pensou, mas não falou. Evita, como boa atriz que é, manteve seus pensamentos onde eles devem ficar e agiu com a maior naturalidade do mundo. Cara de paisagem serve pra isso, afinal...

E as histórias não param por aí. Não, não, meu caro leitor. Elas ficam ainda mais bizarras! A começar pelo cidadão que teve a capacidade de, bem, usando os termos médicos, “ejacular” apenas se, hã, “esfregando” na perna de uma de minhas companheiras insensatas (o que, a propósito, me lembra muito o comportamento de um certo animal do Reino Animalia). Ou daquele outro cidadão proveniente do país do Tio Sam que sem saber muito bem o que é que a brasileira tem, se enroscou com uma delas (eu, mais precisamente) e atingiu o ápice com meros beijos no pescoço. Ambos ainda vestidos, diga-se de passagem.

Homens, por favor. Queremos sim alguém que nos ame e esteja ao nosso lado a qualquer hora. E uma dessas horas é a hora do bom sexo. Less talking, more sexing. É pedir demais?

Fica a dica...

sábado, 11 de setembro de 2010

Relatório: mission field


Dia da semana: sábado
Horário: pra lá das 23h
Local: Rua Augusta
Soldados: Anna K., Evita Perón, Coco Chanel, Jacky Onassis e uma Plus (porque às vezes nos divertimos também com outras pessoas)

Armaduras:
Anna K: uma sainha colada, meia calça preta, uma blusinha branca mais soltinha e sapato baixo
Evita: uma sainha jeans curta, uma blusa larga colorida (deixando os ombros à mostra)
Coco Chanel: uma calça jeans, uma blusinha descolada e saltos arrasadores
Jacky Onassis: um vestido preto de matar e sapatos pretos com saltos maiores que o Empire State
Plus: vestidinho azul e um sapato nem alto, nem baixo

Pré-requisitos: disposição para dançar até a luz do sol voltar 
Aditivos: álcool (tipo, muito)
Missão: imersão no mundo do inimigo

Lá se vai, noite adentro, som muito bom, animado.

"So 1, 2, 3, take my hand and come with me
because you look so fine
and i really wanna make you mine"

Estávamos reconhecendo o terreno (vamos dizer que Jacky já estava reconhecendo de perto as linhas inimigas, mas como lady aristocrata que é, deixou o melhor para o final). Coco, Plus e Anna K. (moi-même) já tinhamos nossos alvos acertados para a noite, mas ainda havia muito terreno a ser visitado no mundo e aquela era só uma noite e aquilo era apenas mais uma missão.

As horas passam e lá pelas 3 e pouco (já não me lembro muito bem a ordem cronológica) tínhamos a seguinte configuração, em ordem (bom, talvez em ordem):

Anna K.: inimigo chegou na balada já bebado (ou seja, no ponto), e sem qualquer enrolação ou romantismo a puxou por trás e lhe tascou um beijo de lado assim que a faria desmaiar de paixão se não fosse o álcool lhe anestesiando e, claro, se não estivesse em missão.

Coco: incerto. Não se sabe exatamente qual era seu status com o inimigo, pois a memória não colaborou com a narrativa dessa história. Mas, dada a lerdeza de ação do inimigo já tão conhecida por nossa mais ilustre estilista, é possível que entre um passo e outro de forró (sim, dançou forró numa balada de música alternativa e obviamente isso é uma estratégia ultra-secreta usada em missões, com o objetivo de confundir o inimigo) algo tenha rolado. Sempre funciona.

Plus: depois de muito, mas muito mesmo, esperar que seu inimigo chegasse de outra balada, conseguiu ao menos completar a sua missão, exigindo mil desculpas, a cada cinco minutos, e obrigando-o, merecidamente, a servir de travesseiro no sofá da balada. Pay-back!

Jacky: em dado momento, após emprego exaustivo da tática da enrolação, nossa lady se entregou ao objetivo principal da missão em linhas inimigas, e no seu caso, estrangeiras.

Evita: com a tática sedução mais dança (decorrente de sua veia argentina), entretinha um inimigozinho meio inofensivo que no inicio da noite não havia lhe despertado a atenção, mas como bom soldado que é manteve o foco na missão, lembrando-se que soldado sozinho corre maior risco de ser interpelado por forças fora do seu controle. Assim, e como o inimigo não decidia se pulava em cima dela ou babava mais, ela achou melhor partir para o ataque e, claro, infalivelmente, calou a boca dele.

Aí você, caro leitor, pensa: "poxa, que história mais sem graça de um sábado a noite". E eu lhes surpreendo novamente.

Jacky: na fila para pagar a conta, surge um pensamento insólito em sua cabeça e se lembra que sua missão ainda não havia acabado. Era preciso ainda terminar um trabalho no qual investira a noite inteira. O inimigo estava atrás do bar nos servindo cerveja e também uma dose avassaladora de olhares lascívos a nossa lady. Pediu que Evita lhe desse cobertura par distrair o inimigo estrangeiro que a acompanhava e, numa corrida até o bar, obrigou o inimigo barman a fechar com chave de ouro a sua noite: beijos selvagens, enquanto ela passava a mão nos seus braços malhados (oh God!). "Sério que ele tá pegando na minha bunda? Oh, whatever!" e "Meu chefe não pode me ver aqui...", o que só deixava tudo mais perigoso e ideal para o fim de noite. Ela teve então o ressurgimento daquela que sempre fora a sua maior especialidade: alvos múltiplos, quanto maior a adrenalina, melhor.

"Oh, linda menina
Escute essa canção
Pra você que não entende
O que é paixão
Oh, linda menina
Do meu coração
Quando menos se espera
Se encontra a solução"

E então você pensa, meio preocupado com o nosso nível de profissionalismo: "aí sim..."

Saldo da missão: 5 soldados, 6 inimigos abatidos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

We're soulmates

Funciona mais ou menos assim: existem relacionamentos que te abrem para experiências novas, exóticas e embriagantes, aqueles que de tão confortáveis te fazem se sentir em casa, outros que despertam em você questionamentos sobre a vida ou sobre questões maiores e outros ainda que te levam para lugares inesperados, sejam esses lugares longe de onde tudo começou ou o próprio começo de tudo. Por fim, existem relacionamentos completos, aqueles raros que conseguem juntar tudo isso num só e possuem a incrível capacidade de te levar, em instantes, de triste a feliz, de burra e filósofa, de sóbria a bebassa, do Brasil a Praga.

Desculpe-me se pra você minhas palavras não fazem muito sentido, mas talvez você nunca tenha tido amigas como as minhas...

Men, babies, it doesn't matter. We're soulmates.

Au revoir

Por vezes somos incompreendidas, mas quem não é?

E não julgo quem não entende o que passa por nossas cabeças, afinal, nós mesmas nos confundimos e nos surpreendemos.

O objetivo acredito ser sempre o mesmo: ser feliz. Mas o que traz a felicidade para mulheres tão complexas?

Depende do momento, das expectativas, de quem entra em nossas vidas, do clima e até mesmo da quantidade de bebidas alcoólicas que ingerimos numa certa noite.

E na busca por essa tal felicidade e pelos caminhos que levam até ela podemos nos deparar com a separação. Não por muito tempo, pois de um jeito ou de outro não aguentamos ficar taaanto tempo assim uma longe das outras.

Mas logo logo um oceano de saudades vai surgir entre nós. O que não impedirá fofocas sem fim, boas risadas, confissões, baladas memoráveis, bebedeiras desmedidas e muitas loucuras... Com a única diferença de que, por um tempo, “causaremos” em partes diferentes do globo!

Independente de onde estivermos e do que buscamos, a essência dessa amizade tão especial continua firme e forte. Afinal, não somos tão (in)sensatas assim!

Porque somos assim

Politicamente (in)corretas
Socialmente (in)corrigíveis
Muitas vezes (in)seguras
Gostariamos de ser mais (in)sensíveis
e acreditamos piamente na (ir)racionalidade, mas
no fundo não passamos de mulheres (ir)reais

Tudo isso, no entanto, depende do dia do mês, do humor do nosso chefe, do nível diário de:
feromônios
cafeína
chocolate
drogas lícitas
drogas ilícitas
Depende de quanto tempo estamos na seca e, principalmente, depende do tamanho...


...da nossa paciência!

Porque no fim, ser mulher se resume a ter paciência com nossos:
pais
casos
amigos coloridos
rolos
affairs
namorado
maridos e filhos (ainda não!!)

E, por incrível que pareça, nessa selva diária, onde somos caçadas e também caçamos (!), nada nos desvia a atenção das risadas, principalmente as mais (in)sensatas provenientes das mais diversas histórias e dos mais (in)imagináveis passados compartilhados entre nós e agora com quem mais queira saber.

Bem-vindos ao nosso mundo (nem tão cor-de-rosa assim)!!!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Como tudo começou

Poucos de nós sabem se expressar. Eu não sou tão especial. Me chamo Evita e minhas amigas sempre reclamaram que sou incompreensível. O que é fato.
Tentarei explicar aqui como decidimos criar esse blog.

Somos mulheres sensatas. Fazemos tudo racionalmente, calculando tudo friamente e sempre pensando no bem coletivo...

... NOT!!!

Estavamos na praia em um daqueles dias de inverno miraculosamente ensolarados e percebemos como temos histórias pra contar! E olha que são histórias de todos os tipos, bem ao estilo de sex, drugs and rock'n'roll.

Quem somos? Nos conhecemos há 4 anos e meio, no inicio dos melhores anos de nossas vidas. Pode parecer pouco tempo para alguns ou bastante para aqueles que não sabem apreciar uma amizade verdadeira, mas foi tempo suficiente para nos tornarmos inseparáveis.

Enjoy the ride!