quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Relatório: mission field 2

Dia da semana: quinta-feira (afinal, dizem os descolados que quinta é a nova sexta)
Horário: não me pergunte, eu não saberia responder
Local: boa e velha Rua Augusta
Soldados: Anna K., Evita Perón, Coco Chanel, amiga plus (aquela mesma de uma de nossas aventuras anteriormente retratadas) et moi (Jacky Onassis)

Porque nada com as (in)sensatas é previsível. Até um encontro destinado ao planejamento da tão esperada viagem de fim de ano pode se tornar mais do que um simples encontro destinado ao planejamento da tão esperada viagem de fim de ano. Ainda mais se a referida ocasião envolver champagne e cerveja. E tenho dito.

Eis que estávamos em minha casa, decidindo qual das praias paradisíacas de Cuba visitaríamos primeiro em dezembro (ai, essa vida às vezes me cansa!), quando de repente alguma de nós tem uma idéia que, confesso, me pareceu brilhante àquela altura da noite: Villa Country. “Topo, topo, por que não?”, pensei. O nível de álcool já estava elevado e definitivamente seria um desperdício não aproveitar a oportunidade para causar um pouco mais.

Colocamos então nossos uniformes de guerra e nos dirigimos ao Villa Country. Infelizmente (ou felizmente), não conseguimos entrar. Acho que todos os cowboys de São Paulo tiveram a mesma idéia que nós. Guerreiras que somos, porém, não desertamos e seguimos rumo a nosso lugar favorito nessa cidade: Rua Augusta. Resultado: acabamos em uma das baladas de sempre, balada que, inclusive, consiste no local de trabalho de nosso bartender favorito (sim, leitores, aquele mesmo que consegui abater em uma das últimas missões relatadas).

Aquela parecia ter tudo para ser uma noite perfeita. Logo ao entrar na balada já demos de cara com dois de nossos amigos mais próximos, Supla e Dinho Ouro Preto (não, meus caros, ao contrário do que vocês provavelmente estão pensando, refreamos nossa tietagem e contivemos a vontade de tirar foto com essas duas grandes sub-celebridades brasileiras).

Após um reconhecimento geral do ambiente, finalmente chegamos ao bar. E para nossa surpresa (ou não tão surpresa assim, já que esperávamos profundamente que isso acontecesse), lá estava ele. O bartender. “O” bartender, repito, com toda sua saúde. E braços fortes tatuados. Meu primeiro instinto foi checar até que ponto sua memória era boa. Após verificar que meu nome e expressão facial ainda lhe eram familiares, decidi derrubá-lo. Com toda minha persuasão, convenci o cidadão a participar de uma pequena aventura comigo. Mas, responsável que é em seu trabalho de embebedar seus clientes, impôs uma condição: toda nossa aventura teria que se desenrolar em locais secretos, com vistas a não prejudicar em nada seu tão digno trabalho de servir álcool a indivíduos sedentos por diversão. E lá fomos nós. Atrás do bar, no estoque, em alguma esquina deserta...

Enquanto eu lutava pelo time, tivemos uma baixa ao longo da batalha, já que my dearest friend Evita Perón (a.k.a. the group’s workaholic) teve que se retirar do combate por razões profissionais (sim, nas horas vagas a gente também trabalha). Óbvio que com uma a menos em nosso exército, todas as demais tiveram que trabalhar o dobro para garantir o mesmo nível de sucesso. Coco Chanel, por exemplo, deu o seu melhor e conseguiu abater um inimigo de muita saúde e dinheiro no bolso, cujo nome, bem, ela não lembra. Já eu, pelo time, tive que recuar da "Operação Bartender" por alguns segundos para abater um inimigo de alto escalão e que contaria muitos pontos a nosso exército. Mas fiquem tranqüilos, caros leitores, a "Operação Bartender" teve um final feliz (pelo menos pra mim!).

No dia seguinte...

Jacky Onassis: - Anna K., dá uma olhada no cara gato que ta dormindo na minha cama (no mesmo instante, Anna K. olha e dá um suspiro.) O problema é que ele não acorda e eu preciso muito que ele vá embora. Ah, além disso, eu não quero ter que falar com ele e ser fofinha. Você pode, por favor, pedir pra ele sair daqui? Eu me escondo no outro quarto, você diz que eu já saí pra trabalhar e manda o cidadão tomar o caminho da roça. Combinado?

Anna K. (usando nada além de shorts e soutien): - Claro! Mas posso pedir pra ele me pegar antes de sair?

Jacky Onassis: - Be my guest, sweetie! E peça a ele que faça o serviço completo, por favor!

Moral da história: Sempre diga "topo, topo, por que não?". Essa frase tem um poder mágico e torna qualquer coisa possível.

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