quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Férias de verão

Começo logo avisando que não tenho talento para sentimentalismos. Ora sou demais (e me passo por maníaca-carente), ora sou de menos (e, consequentemente, sou taxada de coração-frio). Talvez por isso eu não me dê muito bem com despedidas. Simplesmente não sei como me comportar diante da idéia de uma ausência contínua e da possibilidade remota de reencontro. Me recuso a entender por que algumas pessoas que deveriam estar sempre por perto têm que estar a horas (e muito dinheiro) de distância.

Não somos melhores amigos, nem possuímos uma grande história, o que em teoria faria de nossa separação mais difícil. No entanto, possuímos afinidade. Talvez não o mais brilhante, mas sem dúvidas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente. O que garante as conversas mais gostosas e descontraídas. E que não precisa de tempo pra existir.

Tudo isso pra dizer que você me fará falta. Bastante falta.

Você foi como férias. Isso mesmo, férias! Daquelas de verão, que trazem muito sol e alegria, mas que infelizmente acabam quando chega a hora de voltar para a realidade. E que ainda assim deixam lembranças, boas lembranças.

Até um dia, quem sabe...

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